Te escrevo daqui desse meu silêncio,
De onde o medo não tem cura,
De onde o tempo não passa,
De onde a paz me perturba.
Nessa escuridão em que me afogo
Minhas forças se perdem
Sem nada mais a te dizer
Estou me acostumando
As letras, os sons se apagando.
Quando leres esta carta,
Não feche seus olhos,
Que têm a luz que me falta,
Que têm meu sonho adormecido.
A minha esperança é que a solidão,
Essa que me rodeia, que me apavora,
Deixa-me tão cedo te encontrar,
Quebrar esse silêncio que há.
Dê-me tua mão para eu continuar.
JackLigeiro
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