sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Se


Se
Se você quisesse
Eu faria deste meu canto nosso canto
O canto de nossas noites
Onde musica não faltaria pra aclamar nosso amor
Acalmar nosso cansaço
Abafar nossos gemidos, nossos risos
Faria daqui um ninho
Se você quisesse
Receberia constantemente meus cuidados, todos...
No seu corpo todo
Alimentaria sua fome, toda
Com meu corpo
Com meu dom
Com nossa comida: pão com linguiça, com carne cozida..., farinha da sua terra, azeite que nos faz rir, pão da padaria em frente, vinho o mais barato, o diálogo constante de nossa vã filosofia ...alimentados de corpo e alma estaríamos.
Creme para massagem, vela pra queimar a luz de vela, anjo...
Se você quisesse...
Eu cuidaria dos seus pés, das suas meias, das suas mãos...
Cuidaria das nossas rimas, dos nossos livros, do nossos banhos
Do lençol sempre branco, do seu travesseiro pronto para seu sono
Se você quisesse...
Caminharíamos juntos...
Viajaríamos para o rio e para o mar – nosso lugar pra recordar e descansar – nosso porto seguro, seríam dois.
Eu contaria piadas tolas pra risos não nos faltar
Faria poemas toscos pra nosso amor rechear e um dia alguém ler e nos recordar
Se você quisesse 
Não precisamos de muito, o que temos nos bastaria
O que viesse seria benção – sempre vem
Se você quisesse
Eu ainda estou aqui...


JL

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Em canto


(Tentei me abster dos acontecimentos, escapei por esta vertente ... no meu canto, já não sou mais encanto)
Em Canto.
“O encanto quebrou!”
Li nos olhos dele, quando fechando a porta do carro ele apressado subiu a rua que o levava à casa mais serena em toda sua turbulência, pela primeira vez em muito tempo, fiquei sem palavras diante de um pressentimento.
Pelo que ele disse com o olhar, se encantamento algum eu dominasse, já teria lhe dominado quando ele me dominou. Não tenho nem faço mágica (a não ser as de praxe de conciliação bancária entre a fome e a vontade de comer),  não prego nem rogo praga, nem tenho poderes paranormais. Paro resoluta na minha absoluta normalidade e nela pairo, depois sou levada à angustiante loucura, até que venha a cura. Então eu não seria nunca mesmo nem aquela que encanta nem a que produz encantamentos.
Depois, pensei que o “encanto”  não foi o que insinuou, querendo sim dizer,  “enquanto”: “Quebrou o enquanto!”
Tomei o “enquanto” como um intervalo entre a vela e o vale: Enquanto havia a vida entre nós não era necessária a oração pela esperança de algo mais e maior, nem a posse do pouco que não precisávamos ou do muito que sempre se precisa.
Depois o “enquanto” se revoltou em mim e me fez acreditar que ele era uma ameaça e não uma promessa: “enquanto te preciso e me precisas,  basta nos aturarmos”... Um dia, aquele dia, aturar já não era preciso, intolerantes,  e o “enquanto” acabou. 
Mas e quanto à “quebra”?  Seria ela um caso ou um acaso? Seria um caso de  alegria pela alforria libertadora, daquela outra vida,  há tanto perseguida e enfim conquistada pela cumplicidade ou só um acaso, daqueles que fazem a porcelana de inestimável estima,  por desastre, se espatifar por patife desastre, mesmo que antes tenha caído e não se quebrado? Ou a porcelana era barro pintado de vaso ruim que não quebra e quebrou?
Ou quebramos antes as nossas almas que apenas remendamos uma à outra, por atrelo de vício e dependência, necessidade ou carência? Eram elas, nossas almas, pequenas demais para serem retidas ou grandes demais para não serem contidas? Eram só pingo de chuva na areia ou aluvião na aldeia?
Qual o poder de encantamento de um encanto, após um enquanto de tempo que se pode chamar de átimo, que pode quebrar a gênese da alma gêmea e gerar outra forma de sentimento que não seja a dor?  Então tudo era só, era encanto, enquanto consentido, ou era consentido enquanto era tido como encanto?
Houve ilusão, desilusão ou abstração, na nossa curta trajetória(curtíssima) que nos desviou dos nossos trajetos? O que não vimos em nós por não nos reconhecermos mais? Nem deu tempo de nos conhecermos.
 Ou será que ele quis mesmo dizer: “... em canto, quebrou !”.
Qual deles? Em qual canto o amor quebrou?
Aqueles cantos para onde as baratas correm quando acuadas ou passeiam quando confiantes de sua confortável solidão?  Aquele canto em que nos acuamos durante a paixão do instinto, nos esfomeando cada vez mais , só para ter mais fome? Ou era o canto um ponto de convergência, que fazia nossos caminhos se encontrar e não encontramos mais?
Um próprio canto quebrado é símbolo de uma obra que perdeu seu ângulo, seu prumo, sua finalidade original e personalidade. Nos nossos cantos ficaram esses pós de sobras de nossos estornos, acumuladas ocultas em dunas sem donos.
E se o “ ...em canto, quebrou!” fosse não o canto de encontro de nossos limites, pisos, paredes e tetos ordenados e sim a expressão musical, a manifestação de um som nosso emitido, pior fica: um canto cantado não se quebra, se cala sem rima, ritmo, letra ou harmonia. É uma forma de energia que não se traduziu em notas ou frases, só ficou barrado nas nossas barreiras feitas por pneus “meia vida”  que nos atrelaram a descaminhos do mudo silêncio que alimenta o rancor. Fomos incompetentes no canto ou na censura ao cantar?
 Então, foi isso: Faltaram cantos para nós. Sobraram quebras por incompetência em preservar nosso projeto original, por maior competência da força de nossas fraquezas.
Seja o que for: encantos, enquanto ou cantos, ruímos em nós mesmos..... Ermos, ébrios, êmbulos de egos, elos sem guias, enguias que se chocam em seus próprios choques.
Acho que, finalmente, compreendi  o olhar dele . Então pensei na música do Chico: “Deus lhe pague!” E parei logo , ou me perdi no canto, na segunda tentativa de dar continuidade ao “...por esse pão pra comer e esse chão pra dormir...”. Pena que ele não esta aqui pra me ajudar a lembrar tudo que eu poderia fazer Deus lhe pagar.
Mas tomara que Ele lhe pague tudo, até o que nunca devi.
Quitéria

Olhe

‎Olhe para o seu coração.


Rumi

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Ruins

Eu pensava ser uma pessoa boa

De repente me envolvi com outra pessoa 

E pensava que esta também era boa

De repente eu me reconheci muito boa 

e a outra pessoa também era muito boa

Não mais que de repente eu me tornei uma pessoa ruim



e eu havia me envolvido com um pessoa também ruim



e sobrou isto: pessoas ruins.



JL

domingo, 9 de dezembro de 2012

Mergulho

Jalaluddin RUMI

"Se pensar em um bem-amado deste mundo traz tanta força e benefícios, o que há de surpreendente no fato de o Amigo Divino dar força a Seu amigo tanto na presença quanto na ausência? Isso não é imaginação; é a alma de tod
as as verdades e não se pode dizer que é imaginação.

O mundo está fundado na imaginação. Tu pensas que este mundo é real porque o vês e o tocas, chamas todas as realidades profundas (mani), às quais este mundo está subordinado, de imaginação. É o contrário (que é correto). A imaginação é este mundo e a realidade pode criar cem mundos parecidos, que apodrecem, deterioram-se e se destroem; ela pode ainda criar um mundo melhor que não envelhece, que está longe de ser novo ou velho; tem a qualidade de ser velho ou novo o que decorre disso. Aquele que criou essas duas coisas está distante e acima delas. [O Rei do Amor oferece dois mil raios de luz a cada momento. D'Ele não desejo ver outra coisa senão Sua Beleza.] Um arquiteto projeta em seu pensamento uma casa e cria imagens: ele imagina seu comprimento, sua largura, o piso, o pátio. Essas imagens não são a imaginação: a realidade sai dessa imaginação e depende dela. O homem que não é arquiteto e que elabora formas e imagens em pensamento, usa a imaginação; normalmente, as pessoas dizem a esse homem que não é arquiteto e não conhece esta arte: "Estás imaginando coisas".

...

Se esse conhecimento pudesse ser obtido simplesmente pelo que dizem outros homens, não seria necessário entregar-se a tanto trabalho e esforço, e ninguém se sacrificaria tanto nessa busca. Alguém vai à beira do mar e só vê água salgada, tubarões e peixes. Ele diz: "onde está essa pérola de que falam? Talvez não haja pérola alguma". Como seria possível obter a pérola simplesmente olhando o mar? Mesmo que tivesse de esvaziar o mar cem mil vezes com uma taça, a pérola jamais seria encontrada.

É preciso um mergulhador para encontrá-la."

...

"Procurai não dizer que entendestes... A compreensão reside em não compreender... Para ti, essa compreensão é um obstáculo. É preciso escapar dela. Para alcançar o sentido profundo (mani) dissimulado "sob o véu das palavras", somente disponibilidade, ou receptividade não bastam: é necessário um esforço, uma atitude, primeiro passo que faz daquele que questiona - ou se questiona - um peregrino, no Caminho. A utilidade da palavra será portanto a de fazer-te procurar e a de iniciar-te; o que não quer dizer que a coisa que se busca seja obtida pela palavra: se fosse assim, não terias que fazer tanto esforço... A palavra é como algo que vês mover-se de longe: vais à sua procura para vê-la, mas não é por causa de seu movimento que a vês. A palavra do homem, sob seu aspecto oculto, é algo como: ela te faz buscar o sentido, embora na realidade não o vejas".

Rumi. Século XIII






Flavio Rossi

Dicas de Presentes...pra mim!!!

                                                 http://www.zazzle.com.br/flaviorossi/presentes

sábado, 8 de dezembro de 2012

Lugar

O melhor lugar do mundo é no TEU abraço!
Não estou no melhor lugar do mundo.
Quem estaria?

Tubarões existem...


Yes yes yes ...eu sabia que no final ele mudaria de ideia...não, não somos Tubarões...

http://www.assistaonlinebr.com/2012/06/assistir-filme-amor-sem-escalas-dublado.html

Lições

Que não importa que a primeira impressão tenha sido a melhor possível ela pode mudar para a pior possível e só Deus sabe qual é a verdadeira.
Que a cumplicidade pode lhe trazer segurança e desenvolvimento, mas a falta dela anula sentimentos nobres e raros.
Que pessoas do mal vivem estagnadas e são pedras no caminho.
Que não devemos abrir mão dos nossos valores por nada nem ninguém, nem mesmo por amor e empatia.
Que ninguém sabe receber amor incondicional e que esse amor até fere o brio daquele que não se acha digno de recebê-lo (inconscientemente), o que o faz olha-lo com desdenho.
Que nossas conquistas não são admiradas por aquele que não fez parte delas, este as veem como afronta e as invejam.
Que amor e cuidado também atrai afronta, principalmente se quem recebe não for capaz de amar e cuidar.
Que pagamos um preço muito alto por dar créditos a alguém que trai, somos também traídos.
Que ao pedirmos perdão o perdão concedido pode vir recheado de remorsos e não passar de uma camuflagem para uma eminente vingança.
Que ter prevalesse diante do ser, e que por mais que você tente ser o melhor de nada adianta se você não tem o que o outro quer.
Que confiar no outro é auto traição.
Que não importa o quanto você ame e  demonstre este amor , isso não fará de você um ser igualmente amado nem que seu amor seja algo importante para alguém.
Que as palavras são armas na boca de quem se preparou para usá-las e aos usá-las este alguém mirará exatamente em seus sonhos, pois sabe que ali está sua esperança.
Que gestos refinados são hipnoses usadas para confundir.
Que a gentileza fere tanto quanto a covardia.
Que ninguém se revela em verdade, e que a transparência ofende aquele que se esconde atras de uma máscara.
Que não vale a pena amar...que ninguém precisa de amor, cuidado, carinho... e sim de dinheiro.
Que a sua graça pode ser a ingratidão alheia e você terá que lidar com isso
Que tenho muito que aprender ...

Jacqueline Ligeiro  - JD

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Reenconto


Gosto da maneira como alquimio a vida. 
Procuro pincelá-la com alegria... 
eventualmente algumas aquarelas saem borradas 
Perambulo com facilidade entre a sofisticação e a rusticidade 
Sou eclética, na música, nos filmes na vida. Ortodoxa em matéria 
de caráter. Espero que saiba dividir, na mesma proporção, que sei somar. Desejo que queira compartilhar! 
Que porte-se bem a uma mesa requintada e sinta-se à vontade num piquenique. 
Acredito no amor, pois já o conheci, e quero reencontrá-lo, com outras cores, desejos e vicissitudes.
JL

"UM pensamento me transfixou: pela primeira vez na minha vida,
vi a verdade como decantada por tantos poetas, proclamada 
como a sabedoria final por tantos pensadores. A verdade - que o amor é o objetivo derradeiro e mais alto a que o homem pode aspirar. Então aprendi o significado do maior segredo que a poesia,
o pensamento e a crença humana têm a conceder: a salvação do 
homem se faz através do amor e no amor."
Viktor Frankl 

Verdade


Quando é verdadeira, quando nasce da necessidade de dizer, a voz humana não encontra quem a detenha. Se lhe negam a boca, ela fala pelas mãos, ou pelos olhos, ou pelos poros, ou por onde for. Porque todos, todos, temos algo a dizer aos outros, alguma coisa, alguma palavra que merece ser celebrada ou perdoada.


A VERDADE

A porta da verdade estava aberta, 

mas só deixava passar

meia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade,

porque a meia pessoa que entrava

só trazia o perfil de meia verdade.

E sua segunda metade

voltava igualmente com meio perfil.

E os dois meios perfis não coincidiam.

Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.

Chegaram a um lugar luminoso

onde a verdade esplendia seus fogos.

Era dividida em duas metades,

diferentes uma da outra.

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.

As duas eram totalmente belas.

Mas carecia optar. Cada um optou conforme

seu capricho, sua ilusão, sua miopia.

Carlos Drumond de Andrade

A gratidão


Hoje, em especial dia do meu aniversário, refleti sobre a Gratidão, porque não há nada que me aborrece mais que a INgratidão e porque sou grata a Deus...porque sou grata a tudo e a todos!!!

 “A amizade conduz sua dança ao redor do mundo”, dizia Epicuro, “convidando todos nós a despertar para dar graças.” 

Obrigado por existir, dizem um ao outro, e ao mundo, e ao universo. Essa gratidão é de fato uma virtude, pois é a felicidade de amar, e a única.

E o que me resta se não reconhecer a ingratidão e perdoá-la 

JL

Tango


O QUE FAZ de um tango um tango não são as letras lamuriosas. O que faz de um tango um tango não é o Gardel morto que canta cada vez melhor. O que faz
 de um tango um tango não são os passos ensaiados na tradição. O que faz de um tango um tango não é a orquestra com o ar cansado de quem tudo já viu. O que faz de um tango um tango não são as pernas altas da dançarina, calçadas em meias pretas. Não é seu cabelo preso ora com flor, ora com fita. O que faz de um tango um tango não é o chapéu antigo do dançarino. Não são os seus sapatos lustrosos. Não é o seu terno de risca-de-giz. Não é o seu lenço dobrado no bolso da lapela. O que faz de um tango um tango não é Buenos Aires. Não é qualquer geo-grafia. O tango não está no mundo das latitudes, das longitudes, das cartografias, dos guias turísticos.
O que faz de um tango um tango é a atração e a repulsa. É a tentação e o medo. É o afeto e a raiva. O que faz de um tango um tango é ela seguindo na mesma direção dele, e ele seguindo na mesma direção dela, até que um tenta fugir e o outro tenta impedir, numa alternância de fugas que se querem e não se querem. O que faz de um tango um tango é a dor de um e de outro transformada em coreografia simétrica. O que faz de um tango um tango é o encontro que se desencontra e se reencontra. O que faz de um tango um tango são os volteios do amor dos poemas clássicos, das canções dos trovadores. Os volteios do amor que bebe no prazer e na fúria. Os volteios do amor que se amorna e logo torna a incandescer. O que faz de um tango um tango é o amor que, na iminência de um final que se prenuncia infeliz, acha o final feliz. Porque nunca em um tango que é tango os dançarinos terminam separados, descolados, deslocados.
O que faz de um tango um tango sou eu dentro de você na carne e você dentro de mim na alma, depois do último acorde, depois do último aplauso, depois da última lágrima, depois do último gozo. O que faz de um tango um tango é a música que se quer silêncio. O silêncio dos amantes.

Mário Sabino

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Feliz Aniversário JackL

Menina e moça

Está naquela idade inquieta e duvidosa,
Que não é dia claro e é já o alvorecer;
Entreaberto botão, entrefechada rosa,
Um pouco de menina e um pouco de mulher.

Às vezes recatada, outras estouvadinha,
Casa no mesmo gesto a loucura e o pudor;
Tem coisas de criança e modos de mocinha,
Estuda o catecismo e lê versos de amor.

Outras vezes valsando, e o seio lhe palpita,
De cansaço talvez, talvez de comoção.
Quando a boca vermelha os lábios abre e agita,
Não sei se pede um beijo ou faz uma oração.

Outras vezes beijando a boneca enfeitada,
Olha furtivamente o primo que sorri;
E se corre parece, à brisa enamorada,
Abrir asas de um anjo e tranças de uma huri.

Quando a sala atravessa, é raro que não lance
Os olhos para o espelho; e raro que ao deitar
Não leia, um quarto de hora, as folhas de um romance
Em que a dama conjugue o eterno verbo amar.

Tem na alcova em que dorme, e descansa de dia,
A cama da boneca ao pé do toucador;
Quando sonha, repete, em santa companhia,
Os livros do colégio e o nome de um doutor.

Alegra-se em ouvindo os compassos da orquestra;
E quando entra num baile, é já dama do tom;
Compensa-lhe a modista os enfados da mestra;
Tem respeito a Geslin, mas adora a Dazon.

Dos cuidados da vida o mais tristonho e acerbo
Para ela é o estudo, excetuando talvez
A lição de sintaxe em que combina o verbo
To love, mas sorrindo ao professor de inglês.

Quantas vezes, porém, fitando o olhar no espaço,
Parece acompanhar uma etérea visão;
Quantas cruzando ao seio o delicado braço
Comprime as pulsações do inquieto coração!

Ah! se nesse momento alucinado, fores
Cair-lhes aos pés, confiar-lhe uma esperança vã,
Hás de vê-la zombar dos teus tristes amores,
Rir da tua aventura e contá-la à mamã.

É que esta criatura, adorável, divina,
Nem se pode explicar, nem se pode entender:
Procura-se a mulher e encontra-se a menina,
Quer-se ver a menina e encontra-se a mulher!

Machado de Assis

A gratidão


Hoje, em especial dia do meu aniversário, vou compartilhar um texto sobre gratidão, porque não há nada que me aborrece mais que a INgratidão e porque sou grata a Deus...porque sou grata a tudo e a todos!!!

Do Livro: Pequeno Tratado das Grandes Virtudes - André Comte-Sponville

A gratidão

A gratidão é a mais agradável das virtudes; não é, no entanto, a mais fácil. Por que seria? Há prazeres difíceis ou raros, que nem por isso são menos agradáveis. Talvez sejam até mais. No caso da gratidão, todavia, a satisfação surpreende menos que a dificuldade. Quem não preferereceber um presente a um tapa? Agradecer a perdoar? A gratidão é um segundo prazer, que prolonga um primeiro, como um eco de alegria à alegria sentida, como uma felicidade a maispara um mais de felicidade. O que há de mais simples? Prazer de receber, alegria de seralegre: gratidão. O fato de ela ser uma virtude, porém, basta para mostrar que ela não é óbvia,que podemos carecer de gratidão e que, por conseguinte, há mérito – apesar do prazer ou,talvez, por causa dele – em senti-la. Mas por quê? A gratidão é um mistério, não pelo prazerque temos com ela, mas pelo obstáculo que com ela vencemos. É a mais agradável dasvirtudes, e o mais virtuoso dos prazeres.Objetar-me-ão a generosidade: prazer de oferecer, diz-se… O fato de ser um argumentopublicitário deve, porém, nos deixar vigilantes. Se fosse agradável dar, acaso teríamosnecessidade dos publicitários para pensar nisso? Se a generosidade fosse um prazer, ou antes,se fosse apenas um prazer, ou sobretudo um prazer, será que ela nos faltaria a esse ponto? Nãose dá sem perda, por isso a generosidade se opõe ao egoísmo, e o supera. Mas e receber? Agratidão não nos tira nada, ela é dom em troca, mas sem perda e quase sem objeto. A gratidãonada tem a dar, além do prazer de ter recebido. Que virtude mais leve, mais luminosa,diríamos mais mozartiana, e não apenas porque Mozart nos inspira essa virtude, mas porque acanta, porque a encarna, porque há nele essa alegria, esse reconhecimento desvairado porsabe-se lá o que, por tudo, essa generosidade da gratidão, sim, que virtude mais feliz e maishumilde, que graça mais fácil e mais necessária do que ser grato, justamente, com um sorrisoou um passo de dança, com um canto ou uma felicidade? Generosidade da gratidão… Estaúltima expressão, que devo a Mozart, esclarece-me: se a gratidão nos falta com tantafreqüência, não será, de novo, mais por incapacidade de dar do que de receber, mais poregoísmo do que por insensibilidade? Agradecer é dar; ser grato é dividir. Esse prazer quedevo a você não é apenas para mim. Essa alegria é a nossa. Essa felicidade é a nossa. Oegoísta pode regozijar-se em receber. Mas seu regozijo é seu bem, que ele guarda só para si.Ou, se o mostra, é mais para fazer invejosos do que felizes: ele exibe seu prazer, mas é oprazer dele. Já esqueceu que outros têm algo a ver com isso. Que importância têm os outros?Por isso o egoísta é ingrato: não porque não goste de receber, mas porque não gosta dereconhecer o que deve a outrem, e a gratidão é esse reconhecimento, porque não gosta deretribuir, e a gratidão, de fato, retribui com o agradecimento, porque não gosta de partilhar,porque não gosta de dar. O que a gratidão dá? Ela dá a si mesma: como um eco de alegria,dizia eu, pelo que ela é amor, pelo que ela é partilha, pelo que ela é dom. É prazer somado aoprazer, felicidade somada à felicidade, gratidão somada à generosidade… O egoísta é incapazdisso, pois só conhece suas próprias satisfações, sua própria felicidade, pelas quais zela comoum avaro por seu cofre. A ingratidão não é incapacidade de receber, mas incapacidade deretribuir – sob a forma de alegria, sob a forma de amor – um pouco da alegria recebida ousentida. É por isso que a ingratidão é tão freqüente. Nós absorvemos a alegria como outrosabsorvem a luz: buraco negro do egoísmo.A gratidão é dom, a gratidão é partilha, a gratidão é amor: é uma alegria que acompanha aidéia de sua causa, como diria Spinoza, quando essa causa é a generosidade do outro, ou suacoragem, ou seu amor. Alegria retribuída: amor retribuído. No sentido próprio ela só pode,portanto, referir-se a seres vivos. No entanto, podemos nos indagar se toda alegria recebida,qualquer que seja a sua causa, não pode ser objeto dessa alegria retribuída que é a gratidão.Como não agradecer ao sol por existir? À vida, às flores, aos passarinhos? Nenhuma alegriaseria possível para mim sem o resto do universo (pois, sem o resto do universo, eu nãoexistiria). É nisso que toda alegria, mesmo puramente interior ou reflexiva (a acquiescentia inse ipso de Spinoza), tem uma causa externa, que é o universo, Deus ou a natureza: que é tudo.Ninguém é causa de si, nem portanto (em última instância) de sua alegria. Toda série decausas, e há uma infinidade delas, é infinita: tudo se amarra, e nos amarra, e nos atravessa.Todo amor, levado a seu limite, deveria pois tudo amar: todo amor deveria ser amor a tudo(quanto mais amamos as coisas singulares, poderia dizer Spinoza, mais amamos a Deus), oque produziria como que uma gratidão universal, não indiferenciada, é claro (comopoderíamos ter a mesma gratidão pelos passarinhos e pelas cobras, por Mozart e por Hitler?),mas global pelo menos no fato de que seria gratidão pelo todo, de que não excluiria nada, deque não recusaria nada, mesmo o pior (gratidão trágica, logo, no sentido de Nietzsche), pois oreal é para pegar ou largar, pois o todo do real é a única realidade.Essa gratidão é gratuita, por não se poder exigir dela, ou para ela, nenhum pagamento. Oreconhecimento talvez seja um dever, em todo caso uma virtude, mas, observa Rousseau, nãopoderia ser um direito exigi-lo ou exigir o que quer que seja em seu nome. Não confundamosgratidão com retribuição de cortesias. Como quer que seja, porém, o amor quer bem aoamado, quase necessariamente, pelo menos se é amor ao outro e não a si, portanto, se é antesbenevolência que concupiscência. Voltaremos a isso em nosso último capítulo. Digamosapenas que a gratidão é levada a agir, por sua vez, em favor de quem a suscita, não decertopara trocar um obséquio por outro (não seria mais gratidão, e sim troca), mas porque o amorquer dar alegria a quem o alegra, com o que a gratidão nutre a generosidade, quase sempre,que nutre a gratidão. Daí um “amor recíproco”, como diz Spinoza, e um “zelo de amor”, quecaracterizam também a gratidão: “O reconhecimento ou gratidão é o desejo ou o zelo de amorpelo qual nos esforçamos em fazer o bem àquele que o fez a nós, em virtude de umsentimento semelhante de amor por nós.” É aí que passamos da gratidão simplesmenteafetiva, como dirá Kant, à gratidão ativa: da alegria retribuída à ação retribuída. Quanto amim, e apesar de Spinoza, eu veria nisso menos uma definição (pois, por exemplo, podemoster gratidão por um morto, ao qual não poderíamos fazer o bem) do que uma conseqüência,mas pouco importa. O certo é que a gratidão se distingue da ingratidão precisamente por saberver no outro (e não, como o amor-próprio, unicamente em si mesmo) a causa de sua alegria –pelo que a ingratidão é ruim, pelo que a gratidão é boa, e torna bom.A força do amor-próprio explica assim a raridade ou a dificuldade (“tudo o que é belo é tãodifícil quanto raro…”) da gratidão: cada um, do amor recebido, prefere tirar glória, que éamor a si, em vez de reconhecimento, que é amor ao outro. “O orgulho não quer dever”,escreve La Rochefoucauld, “e o amor-próprio não quer pagar”. Como não seria ele ingrato, sesó sabe amar a si, admirar a si, celebrar a si? Há humildade na gratidão, e a humildade édifícil. Uma tristeza? É o que diz Spinoza, e voltaremos a isso no próximo capítulo. O que agratidão ensina, porém, é que existe também uma humildade alegre, ou uma alegria humilde,porque ela sabe que não é sua própria causa, nem seu próprio princípio – e se regozija aindamais (que prazer dizer obrigado!) com isso -, porque ela é amor, e não amor a si antes de tudoou sobretudo, porque se sabe devedora, se quisermos, ou antes (pois nada tem a reembolsar),porque se sabe plenamente satisfeita, além de qualquer expectativa e anteriormente a qualquerexpectativa, pela própria existência do que a suscita, e que pode ser Deus, quando se crê nele,que pode ser o mundo, que pode ser um amigo, um desconhecido, que pode ser qualquer um,porque ela se sabe objeto de uma graça – aí está! – que é a existência, talvez, ou a vida, outudo, e que ela agradece, sem saber a quem nem como, porque é bom agradecer, regozijar-secom seu regozijo e com seu amor, cujas causas sempre nos excedem, nos contêm, nos fazemviver, nos arrebatam. Humildade de Bach, humildade de Mozart, tão diferentes uma da outra(o primeiro agradece, dá graças, com gênio sem igual, o segundo, poder-se-ia dizer, é aprópria graça…), mas ambas comoventes de gratidão feliz, de simplicidade verdadeira, depotência quase sobre-humana, com a serenidade, mesmo na angústia ou no sofrimento, dequem se sabe efeito, não princípio, e contido naquilo que canta, e que o faz ser, e que oarrebata… Clara Haskil, Dinu Lipatti ou Glenn Gould souberam exprimir isso, parece-me,pelo menos em seus melhores momentos, e essa alegria que temos em ouvi-los diz o essencialda gratidão, que é a própria alegria enquanto recebida, enquanto imerecida (sim, mesmo paraos melhores!), enquanto graça, e sempre integrada (e parte integrante, porém) numa graçamais elevada, que é existir, o que estou dizendo, que é a própria existência, que é o próprioser, e o princípio de toda existência, e o princípio de todo ser, e de toda alegria, e de todoamor… Sim, isso que podemos ler na Ética de Spinoza também ouvimos na música, e nas deBach e de Mozart, parece-me, melhor do que em qualquer outra (em Haydn ouvem-se mais apolidez e a generosidade, em Beethoven a coragem, em Schubert a doçura, em Brahms afidelidade…), e é o suficiente para dizer a que altura a gratidão se situa: virtude de ápice, epara os gigantes muito mais que para os anões. No entanto, isso não nos poderia dispensardela: agradeçamos à graça, antes de tudo aos que a revelam celebrando-a!Nenhum homem é causa de si. O espírito, dizia Claude Bruaire, está “em dívida de seu ser”.Mas que nada, por ninguém pediu para estar (o empréstimo, não o dom, é que faz a dívida),pois ninguém, de resto, poderia saldar essa dívida. A vida não é dívida: a dívida é graça, o seré graça, e esta é a mais elevada lição de gratidão.A gratidão se regozija com o que aconteceu, ou com o que é; ela é, portanto, o inverso doarrependimento ou da nostalgia (que sofrem com um passado que foi, ou que não é mais),como também da esperança ou da angústia, que desejam ou temem (desejam e temem!) umfuturo que ainda não é, que talvez nunca seja, mas que as tortura com sua ausência… Gratidãoou inquietude. A alegria do que é ou foi, contra a angústia do que poderia vir a ser. “A vida doinsensato”, dizia Epicuro, “é ingrata e inquieta: ela se volta toda para o futuro.” Por isso elesvivem em vão, incapazes de se saciarem, de se satisfazerem, de serem felizes: eles não vivem,dispõem-se a viver, como dizia Sêneca, esperam viver, como dizia Pascal, depois lamentam oque viveram ou, mais freqüentemente, o que não viveram… O passado como o futuro lhesfalta. Já o sábio regozija-se com viver, claro, mas também com ter vivido. A gratidão (charis)é essa alegria da memória, esse amor do passado – não o sofrimento do que não é mais, nem opesar pelo que não foi, mas a lembrança alegre do que foi. É o tempo reencontrado, sequisermos (“a gratidão do que foi”, diz Epicuro). Compreendemos que esse tempo torna aidéia da morte indiferente, como dirá Proust, pois aquilo que vivemos, a própria morte, quenos levará, não poderia tomar de nós: são bens imortais, diz Epicuro, não porque nãomorremos, mas porque a morte não poderia anular o que vivemos, o que fugidia edefinitivamente vivemos. A morte só nos privará do futuro, que não é. A gratidão liberta-nosdele, pelo saber alegre do que foi. O reconhecimento é um conhecimento (ao passo que aesperança nada mais é que uma imaginação); é por aí que ela alcança a verdade, que é eterna,e a habita. Gratidão: desfrutar eternidade.Isso não nos restituirá o passado, objetar-se-á a Epicuro, nem o que perdemos… Sem dúvida,mas quem pode fazê-lo? A gratidão não anula o luto, consuma-o: “É necessário curar osinfortúnios com a lembrança reconhecida do que perdemos, e pelo saber de que não é possíveltornar não-consumado o que aconteceu.” Pode haver formulação mais bela do trabalho doluto? Trata-se de aceitar o que é, portanto, também o que não é mais, e de amá-lo como tal,em sua verdade, em sua eternidade: trata-se de passar da dor atroz da perda à doçura dalembrança, do luto a consumar ao luto consumado (“a lembrança reconhecida do queperdemos”), da amputação à aceitação, do sofrimento à alegria, do amor dilacerado ao amorapaziguado. “Doce é a lembrança do amigo desaparecido”, dizia Epicuro – a gratidão é essaprópria doçura, quando se torna alegre. No entanto, o sofrimento é mais forte primeiro: “Queterrível ele ter morrido!” Como poderíamos aceitar? Por isso o luto é necessário, por isso édifícil, por isso é doloroso. Mas a alegria retorna, apesar dos pesares: “Que bom ele tervivido!” Trabalho do luto: trabalho da gratidão.Não estou persuadido de que a gratidão seja um dever, como pensavam Kant e Rousseau.Aliás, não acredito muito nos deveres. Mas o fato de ela ser uma virtude, isto é, umaexcelência, é atestado pela evidente baixeza de quem é incapaz de gratidão, e atesta amediocridade de nós todos, que carecemos dela. Como o ódio sobrevive melhor que o amor!Como o rancor é mais forte que a gratidão! Pode ser até que esta às vezes se inverta naquela, atal ponto o amor-próprio é suscetível: a ingratidão para com o benfeitor, escreve Kant, “é umvício na verdade extremamente detestável ao juízo de todos, embora o homem tenha tão máreputação sob esse aspecto, que ninguém considera inverossímil que seja possível fazer uminimigo mediante benefícios notáveis”. Grandeza da gratidão: pequenez do homem.Sem contar que o próprio reconhecimento pode ser às vezes suspeito. La Rochefoucauld nãovia nele mais que interesse disfarçado, e Chamfort notava com razão que “há uma espécie dereconhecimento baixo”. É servilidade disfarçada, egoísmo disfarçado, esperança disfarçada.Só se agradece para se ter mais (diz-se “obrigado”, pensa-se “mais”!). Não é gratidão, élisonja, obsequiosidade, mentira. Não é virtude, é vício. Aliás, mesmo sincero, oreconhecimento não poderia nos dispensar de nenhuma outra virtude, nem justificar qualquerfalta que fosse. Virtude segunda, se não secundária, que cumpre manter em seu devido lugar:a justiça ou a boa-fé podem autorizar uma falta com a gratidão, mas não a gratidão uma faltacom a justiça ou a boa-fé. Ele me salvou a vida: devo, por isso, impor-me um falsotestemunho em seu favor e com isso condenar um inocente? Claro que não! Não esquecer nãoé ser ingrato, pelo que devemos a determinado indivíduo, o que devemos a todos os demais ea nós mesmos. Não é ingrato, escreve Spinoza, “aquele que os dons de uma cortesã nãotransformam em instrumento dócil de sua lubricidade, os de um ladrão num receptador deseus roubos, ou qualquer outra coisa semelhante. Pois esse, ao contrário, mostra que é dotadode constância de alma, que não se deixa corromper por nenhum presente, seja para sua própriaperda, seja para a perda comum.” Gratidão não é complacência. Gratidão não é corrupção.A gratidão é alegria, repitamos, a gratidão é amor. É por isso que ela se aproxima da caridade,que seria como “uma gratidão incoativa, uma gratidão sem causa, uma gratidão incondicional,assim como a gratidão é uma caridade segunda ou hipotética”. Alegria somada a alegria: amorsomado a amor. A gratidão é nisso o segredo da amizade, não pelo sentimento de uma dívida,pois nada se deve aos amigos, mas por superabundância de alegria comum, de alegriarecíproca, de alegria partilhada. “A amizade conduz sua dança ao redor do mundo”, diziaEpicuro, “convidando todos nós a despertar para dar graças.” Obrigado por existir, dizem umao outro, e ao mundo, e ao universo. Essa gratidão é de fato uma virtude, pois é a felicidadede amar, e a única.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Meu concurso 2013 - CNJ - Conselho Nacional de Justiça

ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA: ADMINISTRATIVA 
dia 7 de dezembro de 2012 e 23 horas e 59 minutos do dia 4 de janeiro de 2013, 

 -As provas objetivas e a prova discursiva para os cargos de nível superior terão a duração de 5 horas e serão aplicadas na data provável de 17 de fevereiro de 2013, no turno da manhã. 
-As provas objetivas e a prova discursiva para os cargos de nível médio terão a duração de 4 horas e 30 minutos e serão aplicadas na data provável de 17 de fevereiro de 2013, no turno da tarde.

LÍNGUA PORTUGUESA: 1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. 2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. 3 Domínio da ortografia oficial. 3.1 Emprego das letras. 3.2 Emprego da acentuação gráfica. 4 Domínio dos mecanismos de coesão textual. 4.1 Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e outros elementos de sequenciação textual. 4.2 Emprego/correlação de tempos e modos verbais. 5 Domínio da estrutura morfossintática do período. 5.1 Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. 5.2 Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração. 5.3 Emprego dos sinais de pontuação. 5.4 Concordância verbal e nominal. 5.5 Emprego do sinal indicativo de crase. 5.6 Colocação dos pronomes átonos. 6 Reescritura de frases e parágrafos do texto. 6.1 Substituição de palavras ou de trechos de texto. 6.2 Retextualização de diferentes gêneros e níveis de formalidade. 7 Redação de correspondência oficial (conforme Manual de Redação da Presidência da República). 7.1 Adequação da linguagem ao tipo de documento. 7.2 Adequação do formato do texto ao gênero.


ATUALIDADES: 1 Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como direito, política, economia, sociedade, educação, saúde, cultura, tecnologia, energia, segurança, transportes, relações internacionais, desenvolvimento sustentável e ecologia, suas inter-re-lações e suas vinculações históricas.
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO: 1 Ética e moral. 2 Ética, princípios e valores. 3 Ética e democracia: exercício da cidadania. 4 Ética e função pública. 5 Ética no setor público. 5.1 Decreto nº 1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Serviço Público).
REGIMENTO INTERNO DO CNJ (SOMENTE PARA A ÁREA JUDICIÁRIA): Títulos I e II.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS PARA OS CARGOS DE TÉCNICO JUDICIÁRIO
13.5 ÁREA: ADMINISTRATIVA
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL: 1 Constituição. 1.1 Conceito, classificações, princípios fundamentais. 2 Direitos e garantias fundamentais. 2.1 Direitos e deveres individuais e coletivos, direitos sociais, nacionalidade, cidadania, direitos políticos,  partidos políticos. 3 Organização político-administrativa. 3.1 União, estados, Distrito Federal, municípios e territórios.(01 e 02/12)

4 Administração pública. 4.1 Disposições gerais, servidores públicos. 5 Poder legislativo: congresso nacional, câmara dos deputados, senado federal, deputados e senadores. 6 Poder executivo: atribuições do presidente da República e dos ministros de Estado. 7 Poder judiciário. 7.1 Disposições gerais. 7.2 Órgãos do poder judiciário: competências. 7.3 Conselho Nacional de Justiça (CNJ): composição e competências. 8 Funções essenciais à justiça: Ministério público, advocacia e defensoria públicas.
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO: 1 Noções de organização administrativa. 2 Administração direta e indireta, centralizada e descentralizada. 3 Ato administrativo: conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies. 4 Agentes públicos. 4.1 Espécies e classificação. 4.2 Cargo, emprego e função públicos. 5 Regime jurídico dos servidores públicos civis da União (Lei nº 8.112/1990 e suas alterações): provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição; direitos e vantagens; regime disciplinar: deveres, proibições, acumulação, responsabilidades, penalidades, processo administrativo disciplinar. 6 Poderes administrativos. 6.1 Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia. 6.2 Uso e abuso do poder. 7 Licitação (Lei nº 8.666/1993 e suas alterações).03/12 7.1 Princípios, dispensa e inexigibilidade. 7.2 Contratos administrativos: conceitos, princípios, aspectos gerais, peculiaridades, cláusulas necessárias, formalização, execução, fiscalização, sanções, alterações, dissolução e extinção. 8 Controle e responsabilização da administração. 8.1 Controles administrativo, judicial e legislativo. 8.2 Responsabilidade civil do Estado. 9 Lei nº 9.784/1999. 10 Lei nº 8.429/1992.
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA: 1 A evolução da Administração Pública e a reforma do Estado. 1.1 Convergências e diferenças entre a gestão pública e a gestão privada. 1.2 Excelência nos serviços públicos. 1.3 Excelência na gestão dos serviços públicos. 2 Gestão de Pessoas 2.1 Conceitos e práticas de RH relativas ao servidor público. 2.2 Planejamento estratégico de RH. 2.3 Gestão do desempenho. 2.4 Comportamento, clima e cultura organizacional. 2.5 Gestão por competências e gestão do conhecimento. 2.6 Qualidade de vida no trabalho. 2.7 Características das organizações formais modernas: tipos de estrutura organizacional, natureza, finalidades e critérios de departamentalização. 2.8 Liderança, motivação e satisfação no trabalho. 2.9 Recrutamento e seleção de pessoas. 2.10 Análise e descrição de cargos. 3 Educação, treinamento e desenvolvimento 3.1 Educação corporativa. 3.1ª Educação a distância. 3.1.3 Planejamento, desenvolvimento e objetivos do ensino. 3.1.4 Avaliação. 4 Gestão organizacional 4.1 Planejamento estratégico: definições de estratégia, condições necessárias para se desenvolver a estratégia, questões-chave em estratégia. 4.1.2 Processos associados: formação de estratégia, análise, formulação, formalização, decisão e implementação. 4.1.3 Metas estratégicas e resultados pretendidos. 5 Indicadores de desempenho. 6 Ferramentas de análise de cenário interno e externo. 7 Balanced scorecard. 8 Modelagem organizacional: conceitos básicos. 9 Identificação e delimitação de processos de negócio. 10 Técnicas de mapeamento, análise, simulação e modelagem de processos. 11 Construção e mensuração de indicadores de processos. 12 Gestão de projetos: planejamento, execução, monitoramento e controle, encerramento. 13 Escritório de projetos. 14 Gestão de risco. 15 A organização e o processo decisório. 16 O processo racional de solução de problemas. 16.1 Fatores que afetam a decisão. 16.2 Tipos de decisões. 16.3 Processo de mudança: mudança organizacional, forças internas e externas. 16.4 O papel do agente e métodos de mudança.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA: 1 O papel do Estado e a atuação do governo nas finanças públicas. 1.1 Formas e dimensões da intervenção da administração na economia. 2 Orçamento público e sua evolução. 2.1 Orçamento como instrumento do planejamento governamental. 2.2 Princípios orçamentários. 3 O orçamento público no Brasil. 3.1 Plano Plurianual. 3.2 Diretrizes orçamentárias. 3.3 Orçamento anual. 3.4 Sistema e processo de orçamentação. 3.5 Classificações orçamentárias. 4 Programação e execução orçamentária e financeira. 4.1 Acompanhamento da execução. 4.2 Sistemas de informações. 4.3 Alterações orçamentárias. 4.4 Créditos ordinários e adicionais. 5 Receita pública. 5.1 Categorias, fontes e estágios. 5.2 Dívida ativa. 6 Despesa pública. 6.1 Categorias e estágios. 6.2 Restos a pagar. 6.3 Despesas de exercícios anteriores. 6.4 Suprimento de fundos.
LEGISLAÇÃO ESPECIAL: Resoluções do Conselho Nacional de Justiça (7/2005, 9/2005, 21/2006, 70/2009, 88/2009, 95/2009 e 102/2009) e suas alterações.

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA OS CARGOS DE TÉCNICO JUDICIÁRIO (TODAS AS ÁREAS)
LÍNGUA PORTUGUESA: 1 Compreensão e interpretação de textos. 2 Tipologia textual. 3 Ortografia oficial. 4 Acentuação gráfica. 5 Emprego das classes de palavras. 6 Emprego/correlação de tempos e modos verbais 7 Emprego do sinal indicativo de crase. 8 Sintaxe da oração e do período. 9 Pontuação. 10 Concordância nominal e verbal. 11 Regência nominal e verbal. 12 Significação das palavras. 13 Redação de correspondências oficiais (Manual de Redação da Presidência da República). 13.1 Adequação da linguagem ao tipo de documento. 13.2 Adequação do formato do texto ao gênero.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA (SOMENTE PARA O CARGO DE TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA): 1 Noções de sistema operacional (ambiente Windows 7). 2 Edição de textos, planilhas e apresentações (ambiente Microsoft Office 2010). 3 Redes de computadores. 3.1 Conceitos básicos, ferramentas, aplicativos e procedimentos de Internet e Intranet. 3.2 Programas de navegação (Microsoft Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome). 3.3 Programa de correio eletrônico (Microsoft Outlook). 3.4 Sítios de busca e pesquisa na Internet. 3.5 Grupos de discussão. 3.6 Redes sociais. 4 Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. 5 Noções básicas de segurança da informação.
ATUALIDADES: Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como direito, política, economia, sociedade, educação, saúde, cultura, tecnologia, energia, segurança, transportes, relações internacionais, desenvolvimento sustentável e ecologia, suas inter-relações e suas vinculações históricas.
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA (SOMENTE PARA O CARGO DE TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA): 1 Arquivística: princípios e conceitos. 2 Gestão de documentos. 2.1 Protocolo: recebimento, registro, distribuição, tramitação e expedição de documentos. 2.2 Classificação de documentos de arquivo. 2.3 Arquivamento e ordenação de documentos de arquivo. 2.4 Tabela de temporalidade de documentos de arquivo. 3 Acondicionamento e armazenamento de documentos de arquivo. 4 Preservação e conservação de documentos de arquivo.
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO: 1 Ética e moral. 2 Ética, princípios e valores. 3 Ética e democracia: exercício da cidadania. 4 Ética e função pública. 5 Ética no setor público. 5.1 Decreto nº 1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Serviço Público).
REGIMENTO INTERNO DO CNJ (SOMENTE PARA O CARGO DE TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA): Títulos I e II.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS PARA OS CARGOS DE TÉCNICO JUDICIÁRIO
13.5 ÁREA: ADMINISTRATIVA
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL: 1 Constituição. 1.1 Conceito, classificações, princípios fundamentais. 2 Direitos e garantias fundamentais. 2.1 Direitos e deveres individuais e coletivos, direitos sociais, nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos. 3 Organização político-administrativa. 3.1 União, estados, Distrito Federal, municípios e territórios. (02/12)4 Administração pública. 4.1 Disposições gerais, servidores públicos. 5 Poder legislativo: congresso nacional, câmara dos deputados, senado federal, deputados e senadores. 6 Poder executivo: atribuições do presidente da República e dos ministros de Estado. 7 Poder judiciário. 7.1 Disposições gerais. 7.2 Órgãos do poder judiciário: competências. 7.3 Conselho Nacional de Justiça (CNJ): composição e competências. 8 Funções essenciais à justiça: Ministério público, advocacia e defensoria públicas.
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO: 1 Noções de organização administrativa. 2 Administração direta e indireta, centralizada e descentralizada. 3 Ato administrativo: conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies. 4 Agentes públicos. 4.1 Espécies e classificação. 4.2 Cargo, emprego e função públicos. 5 Regime jurídico dos servidores públicos civis da União (Lei nº 8.112/1990 e suas alterações): provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição; direitos e vantagens; regime disciplinar: deveres, proibições, acumulação, responsabilidades, penalidades, processo administrativo disciplinar. 6 Poderes administrativos. 6.1 Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia. 6.2 Uso e abuso do poder. 7 Licitação (Lei nº 8.666/1993 e suas alterações). 7.1 Princípios, dispensa e inexigibilidade. 7.2 Contratos administrativos: conceitos, princípios, aspectos gerais, peculiaridades, cláusulas necessárias, formalização, execução, fiscalização, sanções, alterações, dissolução e extinção. 8 Controle e responsabilização da administração. 8.1 Controles administrativo, judicial e legislativo. 8.2 Responsabilidade civil do Estado. 9 Lei nº 9.784/1999. 10 Lei nº 8.429/1992.
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA: 1 A evolução da Administração Pública e a reforma do Estado. 1.1 Convergências e diferenças entre a gestão pública e a gestão privada. 1.2 Excelência nos serviços públicos. 1.3 Excelência na gestão dos serviços públicos. 2 Gestão de Pessoas 2.1 Conceitos e práticas de RH relativas ao servidor público. 2.2 Planejamento estratégico de RH. 2.3 Gestão do desempenho. 2.4 Comportamento, clima e cultura organizacional. 2.5 Gestão por competências e gestão do conhecimento. 2.6 Qualidade de vida no trabalho. 2.7 Características das organizações formais modernas: tipos de estrutura organizacional, natureza, finalidades e critérios de departamentalização. 2.8 Liderança, motivação e satisfação no trabalho. 2.9 Recrutamento e seleção de pessoas. 2.10 Análise e descrição de cargos. 3 Educação, treinamento e desenvolvimento 3.1 Educação corporativa. 3.1ª Educação a distância. 3.1.3 Planejamento, desenvolvimento e objetivos do ensino. 3.1.4 Avaliação. 4 Gestão organizacional 4.1 Planejamento estratégico: definições de estratégia, condições necessárias para se desenvolver a estratégia, questões-chave em estratégia. 4.1.2 Processos associados: formação de estratégia, análise, formulação, formalização, decisão e implementação. 4.1.3 Metas estratégicas e resultados pretendidos. 5 Indicadores de desempenho. 6 Ferramentas de análise de cenário interno e externo. 7 Balanced scorecard. 8 Modelagem organizacional: conceitos básicos. 9 Identificação e delimitação de processos de negócio. 10 Técnicas de mapeamento, análise, simulação e modelagem de processos. 11 Construção e mensuração de indicadores de processos. 12 Gestão de projetos: planejamento, execução, monitoramento e controle, encerramento. 13 Escritório de projetos. 14 Gestão de risco. 15 A organização e o processo decisório. 16 O processo racional de solução de problemas. 16.1 Fatores que afetam a decisão. 16.2 Tipos de decisões. 16.3 Processo de mudança: mudança organizacional, forças internas e externas. 16.4 O papel do agente e métodos de mudança.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA: 1 O papel do Estado e a atuação do governo nas finanças públicas. 1.1 Formas e dimensões da intervenção da administração na economia. 2 Orçamento público e sua evolução. 2.1 Orçamento como instrumento do planejamento governamental. 2.2 Princípios orçamentários. 3 O orçamento público no Brasil. 3.1 Plano Plurianual. 3.2 Diretrizes orçamentárias. 3.3 Orçamento anual. 3.4 Sistema e processo de orçamentação. 3.5 Classificações orçamentárias. 4 Programação e execução orçamentária e financeira. 4.1 Acompanhamento da execução. 4.2 Sistemas de informações. 4.3 Alterações orçamentárias. 4.4 Créditos ordinários e adicionais. 5 Receita pública. 5.1 Categorias, fontes e estágios. 5.2 Dívida ativa. 6 Despesa pública. 6.1 Categorias e estágios. 6.2 Restos a pagar. 6.3 Despesas de exercícios anteriores. 6.4 Suprimento de fundos.
LEGISLAÇÃO ESPECIAL: Resoluções do Conselho Nacional de Justiça (7/2005, 9/2005, 21/2006, 70/2009, 88/2009, 95/2009 e 102/2009) e suas alterações.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Reescrevendo Dezembro

02/12/2010...

Sou muito feliz!
Tenho dois filhos maravilhosos, cada um com sua particularidade: gênios, sábios, lindos, com saúde, amigos, carinhosos, com personalidades, dignos de honras.
Tenho um mãe viva, sábia, verdadeiro exemplo de força de vontade e determinação.
Tenho um ex marido que não virou ex pai e assumiu um dos meus maiores problemas e dificuldade: cuidado da saúde do meu filho mais velho.
Tenho um carro que não fiz o menor esforço para adquiri-lo, e o esforço que faço para mantê-lo é mínimo.
Tenho conhecimento em várias áreas de minha profissão, já tive experiencia prática em muitas delas.
Sei me comunicar com o mundo, sou articulada, inteligente, bonita...
Já estive em muitos lugares lindos.
Faço tudo que gosto...
Sou apaixonada, me emociono...
Escrevo poesias...
Já fiz de tudo que gosto um pouco: joguei tênis, dancei, montei, caí do cavalo...
Faço minhas unhas, já fiz plástica, sei cozinhar