O mundo?
o que é o mundo oh meu amor?
são nossas mãos entrelaçadas
os nossos braços em um forte abraço
os nossos olhos dentro de nos mesmo
o cheiro do nosso calor
o nossos desejos loucos
as nossas bocas juntas...
o nosso beijo!
Quitéria di Genaro
O mundo?
o que é o mundo oh meu amor?
são nossas mãos entrelaçadas
os nossos braços em um forte abraço
os nossos olhos dentro de nos mesmo
o cheiro do nosso calor
o nossos desejos loucos
as nossas bocas juntas...
o nosso beijo!
Quitéria di Genaro
Estamos com fome de amor
Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão". Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamo-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos Orkut, o número que comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!".Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.
(Perfil)
Não me importo muito como eu venha a ser lembrada. Também não me importo muito, se cedo serei esquecida. Na realidade até prefiro, se fosse assim: esquecida ligeiramente.
Para os que não gostam de mim, ótimo, finalmente não terei mais a energia negativa que eles podem emanar...
Para os indiferentes, melhor ainda, porque não fará diferença pra ninguém.
Para os que gostam de mim, pouco ou muito, ou os apenas simpáticos à minha causa ou à minha saia e bolsa, que bom...não serei motivo de dor ou tristeza por muito tempo.
Se houver inferno e eu lá, poderei enfim comemorar as cagadas todas que fiz e não meus acertos, inclusive esses de navegar muito, escrever meus contos, poemas, sonhos...afinal, o inferno é para os que erraram e então, se errei muito, serei motivo de comemoração. E em sendo inferno e sem nenhum pudor ou moral, a suruba deve ser legal e deve rolar de tudo... Finalmente vou participar de uma sem nenhuma hipocrisia, porque na verdade a maioria das relações humanas, hoje em dia, nada mais são que surubas enrustidas e muitas vezes participamos sem sermos avisados.
Se houver purgatório, aquela zona cinza onde não existe nem castigo nem recompensa, só o quieto limbo, e eu lá, menos mal...poderei ter enfim o silêncio necessário para poder ler um bom livro, ouvir no IPod o Jazz de Diana Krall, Amy Winehouse, Armando Manzanero, Patricia kass e Pink Floyd etc...e quem sabe, escrever as tantas histórias que coletei na minha vida e sempre quis por no papel. Acho que, se não houver um PCzinho por lá, papel e caneta Bic pelo menos vão fornecer, não é mesmo?
Se houver paraíso, e eu lá, considerada finalmente um mulher legal, vou poder encontrar outras mulheres legais como eu, e faremos um grande círculo de amizade e talvez dê pra formar boas duplas para o joguinho de tenis, onde poderei ter a atenções que sempre quis ter de amigas e parceiras de verdade. Com a vantagem que ninguém vai roubar no resultado, não haverá juiz ladrão nem falta pra cartão. Poderemos também jogar poker sem que ninguém nos condene porque somos Mulheres inteligentes, por semos boas em matemática, porque temos intuição, porque sabemos ler os outros e blefamos quando é preciso.
Portanto, não estou vendo muita vantagem em não ser o que eu sou e deixar de ter esse meu estilo. Nem em não fazer o que faço e como faço.
Cheguei num ponto da vida (que considero a metade, pois pretendo ir até os 80 anos só pra ver onde vão colocar tanta velinha), que você já teve bastante tempo pra já ter feito seu próprio Código de Ética, Moral e Costumes.
Resta outra metade da vida, pra você praticá-lo e aprimorá-lo, até incluir algumas emendas, fruto de discussões no plenário da consciência....
Mas já não se muda mais a sua Constituição Própria. Não dá mais quorum pra um plebiscito.
Então, escrever, navegar, sonhar e jogar são necessidades inevitáveis. O trabalho, embora já não obsessiva como fui um dia, é uma necessidade relativa. Melhor seria se fosse um prazer inevitável também.
Mas o trabalho, abençoado quando há, ativa tudo, os sonhos então, tudo ativa, da circulação à emoção e o jogo...ah o jogo! Temos que jogar pra saber...
Por isso adiciono essas atitudes e deleto a idéia ou imagem de envelhecer um dia pela ociosidade e falta de imaginação.
Vivo em plena solitude e não solidão.
Velha nunca, Idosa, talvez. Senil, jamais.
E jovem, sempre! Sonhando e navegando...eternamente!
Jacqueline Ligeiro

É difícil discutir com o ventre de uma mulher, que não tem boca, mas que fala com suas voluptuosas curvas, que bailam em sinuosos movimentos, na proporção do desejo, com encanto busca o ensejo, para enfim, com leveza, revelar a intimidade da alma feminina.
Pôr-do-sol pra poder ver
Ver junto e depois descrever
Escrever para alguém ler
Jogar fora o que escrever
Quando sem alguém pra ler
Reler...sentir e ver
Uma viagem sem destino
Buscar por instinto
Algo pra fotografar
Cores que instigam
Amarelo, azul ...
Um banho ao luar
Algo ainda incerto
Uma arte, um brilho
Pintas que arrepiam
Um palpite...
Desejos íntimos
Ei de expressar...
Até realizar
A paz, o sossego...
JackLigeiro