sábado, 30 de abril de 2011
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Lesada
Delirando
lesada na vida
vinho é boca
na boca
da garrafa
sem taça
pobre
queijo
provolone
alone ...toda toda sem par...
solitária na vida
não da vida
sai vida
sem grana
sem roupa
sem dono
sem pano
viajando...
que droga... nessa droga
fechei a porta de entrada
na de saída: só sai miséria
entra tudo
o que quiser
pela janela
Quitéria
lesada na vida
vinho é boca
na boca
da garrafa
sem taça
pobre
queijo
provolone
alone ...toda toda sem par...
solitária na vida
não da vida
sai vida
sem grana
sem roupa
sem dono
sem pano
viajando...
que droga... nessa droga
fechei a porta de entrada
na de saída: só sai miséria
entra tudo
o que quiser
pela janela
Quitéria
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Pra que vida?
Não me orgulho
dessa minha existência vã
colapsos do Ser, da Alma
dessa falência da função vital
então pra quê? Ser só um luto?
Me recuso!
Tenho inveja
cobiça à vista da felicidade
de todos os amores, dos beijos
dos devaneios dos incônscios
e tudo o que lhes vem de bandeja
Fosse eu sabedoria
alguém me amaria?
Ou fosse eu rapariga
ou fosse eu dama fina
não basta ser comum,
não basta ser viva?
Então pra que vida?
Quitéria
dessa minha existência vã
colapsos do Ser, da Alma
dessa falência da função vital
então pra quê? Ser só um luto?
Me recuso!
Tenho inveja
cobiça à vista da felicidade
de todos os amores, dos beijos
dos devaneios dos incônscios
e tudo o que lhes vem de bandeja
Fosse eu sabedoria
alguém me amaria?
Ou fosse eu rapariga
ou fosse eu dama fina
não basta ser comum,
não basta ser viva?
Então pra que vida?
Quitéria
Pintura: Pierre Bonnard
O homem e a mulher
Descansar
Tenho que descansar
Meus pés doem
Minha cabeça dói
Meus olhos estão secos
Meu peito está pressionado
Não consigo respirar direito
Meus pensamentos choram
Vou deixar esta existência pra depois
Essa é minha hora de desistir
Estraguei minha saúde
Desviei meus sonhos
Perdi o rumo
Saí do prumo
Vou existir depois...
Quitéria
A siesta
Meus pés doem
Minha cabeça dói
Meus olhos estão secos
Meu peito está pressionado
Não consigo respirar direito
Meus pensamentos choram
Vou deixar esta existência pra depois
Essa é minha hora de desistir
Estraguei minha saúde
Desviei meus sonhos
Perdi o rumo
Saí do prumo
Vou existir depois...
Quitéria
A siesta
terça-feira, 26 de abril de 2011
Santos?
Conheço maus, egoístas, estúpidos, velhacos, desgraçados, indiferentes, mas santos não os conheço, e creio bem que não é espécie oriunda desta terra.
Florbela de Alma Conceição Espanca
Florbela de Alma Conceição Espanca
Quimeras
- E amar ao próximo como a se mesmo, há quem o faça?
Na prática a teoria é outra. Quantas frases de efeito sem efeito algum? Todas...ah se fossem colocadas em prática.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Definitivamente
Pelo presente instrumento particular de decisão
indefiro a vida e sigo só com a poesia.
Por que o sobressalto, pensas que enlouqueci?
Amiúde perscruto as estrelas,
meu futuro é inefável de tanta poesia.
JackLigeiro
Dai-me poesia
Dai-me poesia viva
pra que eu viva
Dai-me sua essência
pra que eu sinta
Dai-me teu coração
pra que eu toque
Viva
Sinta
Toque
Sou sua
em prosa e versos
beba minha essência
toque meu coração
Viva em mim
Vivo!
pra que eu viva
Dai-me sua essência
pra que eu sinta
Dai-me teu coração
pra que eu toque
Viva
Sinta
Toque
Sou sua
em prosa e versos
beba minha essência
toque meu coração
Viva em mim
Vivo!
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Essência X existência
Essência X existência
Existência X essência
Toda profana Ana (qualquer Mulher)
Toda Ser
Toda Ela - Lela (única essa Mulher)
Toda Sua...de veste nua
Nesta entrega - vive viva
Na existência...
Toda essência - sinta!
JackL
Existência X essência
Toda profana Ana (qualquer Mulher)
Toda Ser
Toda Ela - Lela (única essa Mulher)
Toda Sua...de veste nua
Nesta entrega - vive viva
Na existência...
Toda essência - sinta!
JackL
Amar Intensamente
De que vale no mundo ser-se inteligente, ser-se artista, ser-se alguém, quando a felicidade é tão simples! Ela existe mais nos seres claros, simples, compreensíveis e por isso a tua noiva de dantes, vale talvez bem mais que a tua noiva de agora, apesar dos versos e de tudo o mais. Ela não seria exigente, eu sou-o muitíssimo. Preciso de toda a vida, de toda a alma, de todos os pensamentos do homem que me tiver. Preciso que ele viva mais da minha vida que da vida dele. Preciso que ele me compreenda, que me adivinhe. A não ser assim, sou criatura para esquecer com a maior das friezas, das crueldades. Eu tenho já feito sofrer tanto! Tenho sido tão má! Tenho feito mal sem me importar porque quando não gosto, sou como as estátuas que são de mármore e não sentem.
Florbela Espanca, in "Correspondência (1920)"terça-feira, 19 de abril de 2011
És (x) Querida
Ouço sua voz suave,
Mais suave aos meus ouvidos.
Fale, sou todo ouvido,
Sou respostas.
Eis minha história...conte-me a sua,
Se solte, confie querida.
Vejo-te!
O tremor da carne,
Da inocência, do medo, da ânsia...
Ouço seus desejos reprimidos,
Seus gemidos, seu gozo, gozo, gozo ...
Silêncio querida, só sinta.
Silêncio, silêncio, silêncio.
Querida, por favor, silêncio!
Silencia o coração, os sentimentos,
As alegrias, o choro, os problemas, os defeitos,
Silencia a ansiedade...
Em outro tempo:
Ouvi, falei, senti, procriei, criei,
Aceitei, amei, li, escrevi, errei...
Agora meu ritmo:
Quero silêncio querida.
...
Querida, querida, querida! Fale!
Querida?
domingo, 17 de abril de 2011
Entre "aspas".
Estou entre "aspas".
Fora da superficialidade.
A mãe da novidade é efêmera, o pai é fugaz.
Os valores geram filhos: os conflitos, irmãos dos desacordos.
Os sentimentos são amigos, que distastes, deixarão lembranças ou talvez, por muito pouco, se tornarão inimigos.
A palavra ficou fraca; não há força nem no arranjo poético, tampouco em canção.
A rima, a melodia...um dança sem par, sem ritmo, cada qual no seu descompasso.
A harmonia, essa prima pobre, ficou esquecida, ignorada com o tempo. O primo rico - o desentendimento - esse é visitado todos os dias.
Eu entre "aspas", "debaixo do sol não há nenhuma novidade", absolutamente nada fará a diferença neste mundo de "mutantes em ação", sem ação ou com todas as ações e nenhum propósito.
O vazio, a solidão - sementes plantadas a esmo - frutos, ainda que podres, alimento de todos os dias.
Será insuportável? Haverá retorno?
O silêncio é a escolha sábia, a "aspa", pois aqui não há mais a acrescentar.
JackL
Fora da superficialidade.
A mãe da novidade é efêmera, o pai é fugaz.
Os valores geram filhos: os conflitos, irmãos dos desacordos.
Os sentimentos são amigos, que distastes, deixarão lembranças ou talvez, por muito pouco, se tornarão inimigos.
A palavra ficou fraca; não há força nem no arranjo poético, tampouco em canção.
A rima, a melodia...um dança sem par, sem ritmo, cada qual no seu descompasso.
A harmonia, essa prima pobre, ficou esquecida, ignorada com o tempo. O primo rico - o desentendimento - esse é visitado todos os dias.
Eu entre "aspas", "debaixo do sol não há nenhuma novidade", absolutamente nada fará a diferença neste mundo de "mutantes em ação", sem ação ou com todas as ações e nenhum propósito.
O vazio, a solidão - sementes plantadas a esmo - frutos, ainda que podres, alimento de todos os dias.
Será insuportável? Haverá retorno?
O silêncio é a escolha sábia, a "aspa", pois aqui não há mais a acrescentar.
JackL
Cavalo à solta
"Por ti renego, por ti aceito
Este corcel que não sussego
À desfilada no meu peito
Por isso digo canção castigo
Amêndoa, travo, corpo, alma
Amante, amigo
Por isso canto, por isso digo
Alpendre, casa, cama, arca do meu trigo
Minha alegria, minha amargura
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha ousadia, minha aventura"
Este corcel que não sussego
À desfilada no meu peito
Por isso digo canção castigo
Amêndoa, travo, corpo, alma
Amante, amigo
Por isso canto, por isso digo
Alpendre, casa, cama, arca do meu trigo
Minha alegria, minha amargura
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha ousadia, minha aventura"
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