quarta-feira, 27 de abril de 2011

Pra que vida?

Não me orgulho
dessa minha existência vã
colapsos do Ser, da Alma
dessa falência da função vital 
então pra quê? Ser só um luto?
Me recuso!


Tenho inveja 
cobiça à vista da felicidade
de todos os amores, dos beijos 
dos devaneios dos incônscios 
e tudo o que lhes vem de bandeja


Fosse eu sabedoria
alguém me amaria?
Ou fosse eu rapariga
ou fosse eu dama fina
não basta ser comum,
não basta ser viva?




Então pra que vida?
 
Quitéria
 Pintura: Pierre Bonnard




 O homem e a mulher

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