dessa minha existência vã
colapsos do Ser, da Alma
dessa falência da função vital
então pra quê? Ser só um luto?
Me recuso!
Tenho inveja
cobiça à vista da felicidade
de todos os amores, dos beijos
dos devaneios dos incônscios
e tudo o que lhes vem de bandeja
Fosse eu sabedoria
alguém me amaria?
Ou fosse eu rapariga
ou fosse eu dama fina
não basta ser comum,
não basta ser viva?
Então pra que vida?
Quitéria
Pintura: Pierre Bonnard
O homem e a mulher
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