domingo, 17 de abril de 2011

Entre "aspas".

Estou entre "aspas".
Fora da superficialidade.
A mãe da novidade é efêmera, o pai é fugaz.
Os valores geram filhos: os conflitos, irmãos dos desacordos.
Os sentimentos são amigos, que distastes, deixarão lembranças ou talvez, por muito pouco, se tornarão inimigos.
A palavra ficou fraca; não há força nem no arranjo poético, tampouco em canção.
A rima, a melodia...um dança sem par, sem ritmo, cada qual no seu descompasso.
A harmonia, essa prima pobre, ficou esquecida, ignorada com o tempo. O primo rico - o desentendimento - esse é visitado todos os dias.
Eu entre "aspas", "debaixo do sol não há nenhuma novidade", absolutamente nada fará a diferença neste mundo de "mutantes em ação", sem ação ou com todas as ações e nenhum propósito.
O vazio, a solidão - sementes plantadas a esmo - frutos, ainda que podres, alimento de todos os dias.
Será insuportável? Haverá retorno?
O silêncio é a escolha sábia, a "aspa", pois aqui não há mais a acrescentar.
JackL

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