Não sei ser Poeta, queria sabe

Ser Poeta é ruim, é melindroso
Poeta arde de amor, de desejo...
Se for assim que morre um Poeta
Não é tão ruim ser um
Quero aprender a ser Poeta
Morrer ardendo de amor, de desejo...
Morrer com essa dor que já conheço.
Por JackLigeiro
Excesso de amor mata o amor
Por zelo há atropelo
Por causa sem nenhuma causa
Exceto fingindo-se descaso
o amor sobreviveria ao acaso...
Dar-lhe-ei meu amor sem alarde
Tudo tão raro! Todas as novidades que desejo ainda viver.
Tudo tão perfeito! Todos os defeitos que me recuso a ver.
Tudo tão longe! Toda distância que não suporto manter.
Tudo tão insuficiente! Tanta insatisfação que acho já nem sei viver sem ela.
Tudo tão lento! Todos os caminhos que já me apressam e me enchem de expectativa por ainda estarem por trilhar.
Tudo tão avesso! Toda a inquietação do desejo de que tudo não fosse como é.
O que tenho agora, é o desejo de não desejar, é o desejo de me aquietar.
Sentar na varanda (talvez) só com uma laranja, uma rede e um amor para embalar.
Numa ausência de querer, numa plenitude que independeria da vitória,
saciada com qualquer coisa, ou mesmo com nada.
Tudo que tenho é nada além da loucura de querer mudar.
Creio: melhor a loucura dos loucos que o saber dos normais,
Esses normais que não encaram a verdadeira lucidez,
Pois não saberiam o que fazer com ela.
Ela, essa lucidez que teima em fazer temer.
Quitéria di Genaro
Vou ao seu encontro.
Vou porque acho umas das coisas mais lindas da vida, o encontro: entre amigos, entre amantes, entre irmãos, entre almas gêmeas, entre adversários que se perdoaram, entre... O encontro, um encontro, qualquer encontro, é algo sublime que nos faz sentir vivos, um tipo de beliscão emocional que nos faz sentir um participante ativo dessa estrutura de carbono meio sem sentido que nos rodeia: um passeio em Madri, na Serra do Cipó, em Ipatinga ou Belo Horizonte, mas sempre um encontro, ou esse algo difícil de definir que faça a vida fluir. Somente os vivos o buscam, e alguns, apesar de terem o coração batendo, já desistiram dele e, por isso, perderam o viço e parte da vida.
Vou pelas estrada sinuosa, ouvindo música, pensando em você e nas oportunidades que devemos criar para fazermos jus a esta estadia aqui na terrinha...vou ao seu encontro desvendar o encanto.
_ Por um breve tempo, silêncios que na calada são ditos por dois, há quilômetros, sem palavras...
_Nem milhões de palavras cobririam a distância, não trariam o desejo até
carne...palavras soltas ao vento nelas somos apenas passageiros, certamente palavras fugazes, que trarão no por vir desalento. Sem palavras, fuga da esperança, melhor o silêncio.