sábado, 6 de fevereiro de 2010

Justo


A vontade Dele é mais justa...

Ela a poderosa, frágil Quitéria,

Efêmera como a fumaça do cigarro que paira no ar...

As mãos deslizam entre os cabelos,

Assim como elas passam, eles também se vão

O brilho ofuscante do olhar negro,

Afiado como fria lâmina, de golpe, revela o desfecho...

Como nunca será realidade, também deixou de ser fantasia

Relembrar então provoca a mais dolorosa agonia

O agora é sem sentido, para o porvir nem versos oprimidos

Então o que fazer? Chorar sem ninguém ver?

Aqui, o mesmo que a morte, como se ela ganhasse vida

Não há mais o que fazer aqui, nem mesmo curar as feridas

Das madrugadas de ilusões que já foram esquecidas.


Quitéria di Genaro

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