segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Alba

Alba, pele alva com sardas, olhos atentos, menina observadora, nasceu para olhar.
Viu assassinado do irmão, viu nascer à lua e sentiu solidão, só não viu ainda o seu amor chegar.
Contou que dos beijos dados nem sempre houve a dita compreensão.
Julgou neste mundo não ser amada quando soube que nele há covardia e traição...
Pensou em contar a todos que o amanhã seria melhor sem o tal mal que lhe fazem sempre.
Esclareceu que após o dia viria à noite, o sono, o sonho e um beijo ao acordar.
Usou a imaginação, não deixou para o acaso o encontro da felicidade nas noites de solidão.
Naquele verão, sentou-se na areia e contou aos que não sabiam toda dor na sua melhor versão.
Usou o coração como arma, atirou em um homem amado sugerindo uma união...
Alba, só olhou com seus olhos vivos a vida e o amor que a pouco encontrou.
Há dúvida...

Encontrar alguém que lê, mas que também não lê; que entende os poderes das palavras, mas quando não entende, não vê problemas; o importante é que escuta e que tem a devida paciência para o momento certo; que usa as mãos para acariciar e os lábios não só para falar, mas falar com beijos e neles se revelar. Alguém que soube deixar o natural prevalecer...
Alguém para receber o Amor e Amar Alba...




"Sabe o que eu quero de verdade? Jamais perder a sensibilidade,mesmo que ás vezes ela arranhe um pouco a alma. Por que sem ela não poderia sentir a mim mesma." Clarice Lispector. 


É este meu ideal, é isto que tento fazer todos os dias, não perder a minha sensibilidade, pois sem ela nada faz sentido, porém não sofro arranhões, sou praticamente esquartejada todos os dias, mas minha sensibilidade é tão grande que cura e restaura meu ser. 

JackL

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