“Eu te imagino, eu te conserto, eu faço a cena que eu quiser...”
É quando bate uma saudade forte que ela canta e até dança. E por que não? Se a saudade é forte não há solução! Essa saudade do cheiro, do abraço, dos toques, beijos, sorrisos, olhares, dos porquês dos olhares (ela sempre pergunta por quê?), das mãos que se entrelaçam, dos dedos tateando contra a pele de seda, da pele dele sem seda, daquela vontade de ir se aconchegando e ficando só um, de entrar no outro, de se doar mais um pouco...
Ai que saudade! Ela
canta: “Eu te imagino, eu te conserto, eu faço a cena que eu quiser...” num
volume adequado, voz embargada, quase um sussurro, um sobro na água temperada
que escorre no rosto, no colo, no corpo, na mão dela, nela... Água que se vai
também deixando saudade. A espuma branca do sabonete liquido, viscoso, cheiro
de amora, acaricia todo seu corpo; a mão passeando, sem ir em frente, apertando,
ou indo em frente e atrás e na frente, indecisa não sossega. Beijos d’água,
suspiros e cheiro; ela com semblante de moleca.
Tanta coisa nas
cenas que ela imagina como quer e no seu tempo. Um redemoinho se faz no chão
como se fosse ela que estivesse rodopiando, e ele, o ralo, embaixo dela. “Eu tiro
minha roupa pra você, minha maior ficção de amor, eu te recriei só pro meu
prazer”. Ela cria, recria, só a saudade é real. Saudade Dele, daquele jeito de
apertar seu corpo, de atrelar a ela, de se esfregar, de
entrar... Sorri da lembrança da imagem sacana do sorriso dele. Mais imagens
surgem, cenas tão perfeitamente deliciosas que preenchem os espaços do seu
corpo. Ora ela se imagina sobre ele, entre as pernas dele, debaixo dele, na cama
com ele, pendurada no pescoço dele, movimentando-se às vezes com delicadeza e
em outra, radiante como o sol escaldante, queimado em movimentos bruscos ou
puros. Em outra cena as pernas dela lambiam as pernas dele, a barriga, as
costas e brincava, o prendia e o soltava apenas para provocar, para que ele
pudesse percebê-la por inteiro. Em outro momento ela simplesmente rodopiava seu
corpo sobre o dele, dando as costas para ele (visão dos deuses, para o seu deus
Cupido)... Era gostoso ver a faísca do desejo nos olhos dele, sentir as mãos
percorre suas costas trazendo-o todo pra dentro. A melhor parte era
brincar apenas de tocar, de provocar sem deixar tocar, apenas deixar a vontade
intensa consumir, deixando-os ávido pelo êxtase.
Às vezes, era um pequeno toque que a levava a uma explosão vulcânica. O corpo dela se mexia redondo, espiralando para o centro do ser dela, dele. Ora, ele apenas deixava-a em liberdade e com os dedos embalava o forte desejo dela, outra ele a consumia com beijos, como se chupa um sorvete e deliciosamente se lambuza. Ah! Se ele pudesse estar dentro... Nada importa agora... Os dedos tocavam e as minúcias do toque e de tudo se faziam presente como se ali fosse a hora e o lugar perfeito, sem ele, porém pra eles. O desejo lascivo era por ele e para ele dançava com suas formas voluptuosas, sorrindo, tirando a roupa, brincando de fugir sem fugir, tocando o próprio corpo só para provocar um pouco mais, atiçar maliciosamente sem deixá-lo chegar perto até que seus dedos seguissem para o ponto de ebulição e consumisse a si mesma enquanto ele era apenas um observador distante na sua imaginação. O que ele faria se ali estivesse? Ele iria até ela, continuaria olhando?
Talvez ele a empurrasse e ela, ao dobrar o dorso em direção ao chão, se achegasse ao corpo dele, submissa aos desejos ... Ou talvez, ele apenas a levasse com seus beijos, braços e abraços para a cama e a dominasse por traz, ou sobre ela... sabe-se lá. Não interessava, ela escolheu tê-lo de frente para ela, sentindo seu coração pulsando, seu corpo navegando no dela enquanto o dela ondulava continuamente até que seu corpo se contorceu, tremeu e parou, só era possível ouvir a respiração ofegante dela, faltou os gritos dele, faltou ele chamando os santos, as virgens, o Ser, o Sou, faltou ele nela, com ela... A cena seguinte era o que costumavam fazer, continuar conversando até que ele a tocasse de novo... Mas teria que ficar para outro dia, esperaria a agenda dele permitir ou em outro momento ela resolveria a distancia, imaginaria a cena que quisesse, tiraria a roupa pra ele só para provocar. Outro dia. Outro momento com ou sem ele, mas sempre por eles, para mantê-los vivos e reafirmar tudo que o amor diz ser possível.
Às vezes, era um pequeno toque que a levava a uma explosão vulcânica. O corpo dela se mexia redondo, espiralando para o centro do ser dela, dele. Ora, ele apenas deixava-a em liberdade e com os dedos embalava o forte desejo dela, outra ele a consumia com beijos, como se chupa um sorvete e deliciosamente se lambuza. Ah! Se ele pudesse estar dentro... Nada importa agora... Os dedos tocavam e as minúcias do toque e de tudo se faziam presente como se ali fosse a hora e o lugar perfeito, sem ele, porém pra eles. O desejo lascivo era por ele e para ele dançava com suas formas voluptuosas, sorrindo, tirando a roupa, brincando de fugir sem fugir, tocando o próprio corpo só para provocar um pouco mais, atiçar maliciosamente sem deixá-lo chegar perto até que seus dedos seguissem para o ponto de ebulição e consumisse a si mesma enquanto ele era apenas um observador distante na sua imaginação. O que ele faria se ali estivesse? Ele iria até ela, continuaria olhando?
Talvez ele a empurrasse e ela, ao dobrar o dorso em direção ao chão, se achegasse ao corpo dele, submissa aos desejos ... Ou talvez, ele apenas a levasse com seus beijos, braços e abraços para a cama e a dominasse por traz, ou sobre ela... sabe-se lá. Não interessava, ela escolheu tê-lo de frente para ela, sentindo seu coração pulsando, seu corpo navegando no dela enquanto o dela ondulava continuamente até que seu corpo se contorceu, tremeu e parou, só era possível ouvir a respiração ofegante dela, faltou os gritos dele, faltou ele chamando os santos, as virgens, o Ser, o Sou, faltou ele nela, com ela... A cena seguinte era o que costumavam fazer, continuar conversando até que ele a tocasse de novo... Mas teria que ficar para outro dia, esperaria a agenda dele permitir ou em outro momento ela resolveria a distancia, imaginaria a cena que quisesse, tiraria a roupa pra ele só para provocar. Outro dia. Outro momento com ou sem ele, mas sempre por eles, para mantê-los vivos e reafirmar tudo que o amor diz ser possível.
JL
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