quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Rascunho de 13/06/2009

O que fazer quando se deseja muito viajar para outro lugar, mudar?  Se alguém tiver a resposta que me diga então.
Porque Quitéria ?
Quitéria é o pseudônimo que adotei, adotei não, fui batizada assim por um Guru, um mestre, amigo, confidente e orientador. Alguém que adoro ler, que admiro e que tenho certeza já me usou como musa para algumas de suas maravilhosas obras. Mas por que Quitéria? Quer saber? Nem perguntei, ele explicou mas também nem me lembro. Aceitei, como uma órfão aceita o casal que vem adotá-la depois de longos anos de esperara e já se sentindo velha para adoção.
Agora sou Quitéria, simples assim, mas só Quitéria? Não, vou lhe dar um sobre nome: _di Genaro. E por que di Genaro? Complicou mais ainda! Sem explicações fica mais fácil lidar com essa vida.
Então a partir de agora eu me chamo Quitéria di Genaro. Nome com ar de mulher mais velha, mais forte, mais sabia, mais feia...tudo que eu não quero ser. Não quero ser mais nada disso, já me sinto de mais em um monte de coisas que não me valem para nada.
Vamos ver se Quitéria di Genaro irá me valer de algo que realmente eu sinta que valha a pena.
Mas o motivo mesmo é escrever à vontade,  sem vizinho e pentelhos especulando, comentando e julgando. Absurdo? Não é não! É assim que vive uma divorciada com filhos numa cidade de interior de Minas Gerais. Ainda assim! Quando não é coitada por sua solidão é maluca por suas ações de escrever, seja lá o que for, é ato de mulher maluca ou solitária. Afinal quem vai se interessar por uma escrita tão pouco elaborada de uma caipira divorciada? Todos eles, todos sem exceção, os hipócritas que não assumem suas condições de meros expectadores dos BBB da emissora famosa, eles os que não sabem ver arte onde a arte existe. Ali na esquina, na casa ao lado, na padaria ou qualquer lugar próximo aos olhos de quem quer ver. Aqui nesse lugar, isso mesmo, aqui tem arte, Arte de Quitéria di Genaro. Arte de coração que ama, amou, de quem acredita em alguém, de quem lê, vê, ouve, grita, cai, machuca, sacode a poeira, levanta e tropeçando vai levando a vida. Escrever talvez seja a terapia mais barata e ler a forma de agradecer a outros malucos por nos levarem a outros lugares para esquecermos quem somos num momento de desespero. Então viva Quitéria vive e escreve o que bem entender. Com erros ou não. Leia quem for capaz!!! Se não, veja...vale a intenção.

Comi a galinha e paguei o pato.
Fui ao teatro hoje. Identifiquei-me com o nome da peça: Comi a galinha e paguei o pato.
Não é bem assim, porque nem comi a galinha e estou pagando um pato bem gordo! 
Tempo confuso, solitário, perdido e mesmo assim pagando o pato, o mico e mais o que vier.
Me senti, sem nenhuma pretensão, a autora, produtora e atriz da peça. Que peça!
A peça de uma vida estraçalhada por ter se arriscado, pelas diversas tentativas de fazer diferente e por ainda assim acreditar em gente. Gente que nada! Bicho homem, não o gênero masculino, mas o bicho homem espécie, diferente de animal, racional, ou pelo menos deveria ser...Animal?  Quem o é ou deixa de ser?
 Nesse mundo caótico em que vivemos, ter valores, ser autentico, querer somar e não subtrair, falar e quere ouvir a verdade e por demais ser transparente, não é coisa de gente, gente normal quero dizer. Quanto mais dissimulados, desonestos, mentirosos e medíocres formos mais teremos e seremos, dita o ditado, a lição de casa.
Ser ou não ser? ...Eis minha questão!
Voltando a peça! Penso que se eu for presa para pagar um pato, que nem comi, talvez seja melhor porque assim eu estaria mais aliviada. Ser apaixonada, sonhadora, querer viver um grande amor e querer ser companhia nos dias de hoje é maçada é coisa de maluca e olha que nem bebo, nem tomo rívotril e muito menos faço terapia. Será que eu deveria?
Não posso ser quem quero ser então que venham os patos, as galinha e todos os atos para eu pagar a conta, mas depois não vão dizer que sou mal pagadora. Estou tentando. A sociedade moderna, “o governo” que manipula e rouba e as pessoas que agem de má fé e os falsos profetas que me perdoem. Quero que todos vão comer galinhas em outro terreiro, no meu não, por favor, estou cansada!
Quero gente de verdade do meu lado, em frete, atrás, em cima ou em baixo. Seja onde for, quero gente autentica, transparente, destemida e que saiba respeitar a essência e sentimentos alheios.  Sonho meu, sonho meu vai buscar quem mora longe, sonho meu!!!
Parei, talvez seja pedir de mais. Eu já pedi o que eu preciso de mais. Espontâneo é melhor, deixa estar!

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