Porque Quitéria ?
Quitéria é o pseudônimo que adotei, adotei não, fui batizada
assim por um Guru, um mestre, amigo, confidente e orientador. Alguém que adoro
ler, que admiro e que tenho certeza já me usou como musa para algumas de suas
maravilhosas obras. Mas por que Quitéria? Quer saber? Nem perguntei, ele explicou mas também nem me lembro. Aceitei, como uma órfão aceita o casal que vem adotá-la depois de longos anos de
esperara e já se sentindo velha para adoção.
Agora sou Quitéria, simples assim, mas só Quitéria? Não, vou lhe dar um sobre nome: _di Genaro. E por que di Genaro? Complicou mais ainda! Sem explicações fica
mais fácil lidar com essa vida.
Então a partir de agora eu me chamo Quitéria di Genaro. Nome
com ar de mulher mais velha, mais forte, mais sabia, mais feia...tudo que eu
não quero ser. Não quero ser mais nada disso, já me sinto de mais em um monte
de coisas que não me valem para nada.
Vamos ver se Quitéria di Genaro irá me valer de algo que
realmente eu sinta que valha a pena.
Mas o motivo mesmo é escrever à vontade, sem vizinho e pentelhos especulando,
comentando e julgando. Absurdo? Não é não! É assim que vive uma divorciada com
filhos numa cidade de interior de Minas Gerais. Ainda assim! Quando não é
coitada por sua solidão é maluca por suas ações de escrever, seja lá o que for,
é ato de mulher maluca ou solitária. Afinal quem vai se interessar por uma
escrita tão pouco elaborada de uma caipira divorciada? Todos eles, todos sem
exceção, os hipócritas que não assumem suas condições de meros expectadores dos
BBB da emissora famosa, eles os que não sabem ver arte onde a arte existe. Ali
na esquina, na casa ao lado, na padaria ou qualquer lugar próximo aos olhos de
quem quer ver. Aqui nesse lugar, isso mesmo, aqui tem arte, Arte de Quitéria di
Genaro. Arte de coração que ama, amou, de quem acredita em alguém, de quem lê,
vê, ouve, grita, cai, machuca, sacode a poeira, levanta e tropeçando vai
levando a vida. Escrever talvez seja a terapia mais barata e ler a forma de
agradecer a outros malucos por nos levarem a outros lugares para esquecermos quem
somos num momento de desespero. Então viva Quitéria vive e escreve o que bem
entender. Com erros ou não. Leia quem for capaz!!! Se não, veja...vale a intenção.
Comi a galinha e paguei o pato.
Fui ao teatro hoje. Identifiquei-me com o nome da peça: Comi
a galinha e paguei o pato.
Não é bem assim, porque nem comi a galinha e estou pagando
um pato bem gordo!
Tempo confuso, solitário, perdido e mesmo assim pagando o
pato, o mico e mais o que vier.
Me senti, sem nenhuma pretensão, a autora, produtora e atriz
da peça. Que peça!
A peça de uma vida estraçalhada por ter se arriscado, pelas
diversas tentativas de fazer diferente e por ainda assim acreditar em gente.
Gente que nada! Bicho homem, não o gênero masculino, mas o bicho homem espécie,
diferente de animal, racional, ou pelo menos deveria ser...Animal? Quem o é ou deixa de ser?
Nesse mundo caótico em
que vivemos, ter valores, ser autentico, querer somar e não subtrair, falar e quere ouvir a verdade e por demais ser transparente, não é coisa de
gente, gente normal quero dizer. Quanto mais dissimulados, desonestos,
mentirosos e medíocres formos mais teremos e seremos, dita o ditado, a lição de
casa.
Ser ou não ser? ...Eis minha questão!
Voltando a peça! Penso que se eu for presa para pagar um
pato, que nem comi, talvez seja melhor porque assim eu estaria mais aliviada.
Ser apaixonada, sonhadora, querer viver um grande amor e querer ser companhia
nos dias de hoje é maçada é coisa de maluca e olha que nem bebo, nem tomo
rívotril e muito menos faço terapia. Será que eu deveria?
Não posso ser quem quero ser então que venham os patos, as
galinha e todos os atos para eu pagar a conta, mas depois não vão dizer que sou
mal pagadora. Estou tentando. A sociedade moderna, “o governo” que manipula e rouba
e as pessoas que agem de má fé e os falsos profetas que me perdoem. Quero que
todos vão comer galinhas em outro terreiro, no meu não, por favor, estou
cansada!
Quero gente de verdade do meu lado, em frete, atrás, em cima
ou em baixo. Seja onde for, quero gente autentica, transparente, destemida e
que saiba respeitar a essência e sentimentos alheios. Sonho meu, sonho meu vai buscar quem mora
longe, sonho meu!!!
Parei, talvez seja
pedir de mais. Eu já pedi o que eu preciso de mais. Espontâneo é melhor, deixa
estar!
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