domingo, 14 de novembro de 2010

Delírios II


dor de cabeça
 dor de esômago
 dor de dente
 sempre a mesma
 dor doente
você até pode
rir de mim agora
eu deixo depois
para rir de nós dois...
quero arte
quero gente
quero amor
quero ser
sem tanta dor


o giz se faz bis no guadro negro
o branco papel me diz: não agora!

água quente
narina aberta
olho do ciclone
sente palmos
na serração
ou na aurora
todo pó
conhece sua hora
todo pó
por menos ficou

venta ventania
que vento o achou?
não achou não
que era pó 
então sendo pó
se um dia se achou
é porque alguém juntou
e se achava menos
por tudo que foi
mas era parte do todo
que sem ele findou
mas por ser pó
assim ao menos
na hora certa
se espalhou
e como tudo 
se acabou


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