quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Quantos?

Quantos corpos ainda...
quantos?
Precisarás profanar
para aliviar as dores
dos falsos amores?
Quantos?
Quantos corpos ainda...
ao lhe oferecer amor
macularás com mágoa
para lhe compensar da ferida
de seu último amor?
Quantos corpos ainda....
quantos?
Serão para ti efêmeros
aos que seu ego infame
causará tormentos...
Quantos?
Quantos corpos ainda...

Quitéria di Genaro

O sofrimento lhe municia do mais lindo lamento poético. 
O coração tem que sangrar para escorrer poesia liquida, 
com o amargo do fel beijando em seus lábios a palavra flui,
o sentimento tem sabor de sal 
penetrando no canto da boca 
depois de um suspiro, de um soluço... 
Tudo isso ao som de um fado...
_Ao sabor de um vinho barato
Em um leito desarrumado
Na agonia do ser desprezado
Na esperança do pedido de perdão,
de quem acredita mais nos sentimentos que na razão.
Não, ele não é um ser vulgar! Ele não é covarde!
Ele simplesmente não tem o dom de amar verdadeiramente
sem subjugar o amor assim como fazem os dementes...
Então deixe eu sentir minha dor nessa poesia louca 
o antídoto para o fel lambuzado em meu corpo, cuspido em minha boca.


Jack Ligeiro & Valéria Valério 

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