Eu tenho a visão de mim mesma como Ícarus, voando perto demais do sol, queimando e caindo como resultado do meu desejo.
A mentira e a verdade diante de mim, justapostas, como células formando um tecido emaranhado e confuso em minha mente. Eu pressentia, mas não admitia...
A mentira escapou, olhou com deboche para tudo que eu idealizei, zombando da minha doce ilusão de que seríamos um para o outro, e ou um pelo outro.
Um cheiro inebriante, da poeira da rua se mistura com o cheiro ofegante da minha angustia. Eu não sei o que estou fazendo aqui. Talvez, se ainda pudesse optar, eu iria querer a mentira, aquela que me acompanhou por diversas noites em meu quarto, como um anjo...Tento entrar de volta no carro, mas... Eu eu fico olhando ele partir com outra.
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