quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Cartas



Eu escrevo cartas

Nem sei porque as escrevo

De tão infundadas chegam a ser infames

Ora trazem esperanças

Ora trazem incertezas

Até mesmo elas, riem de mim

por me saberem tola

por escrevê-las com tal conteúdo

Agora o que faço com essas cartas?

Ah sim, barquinhos!

Colocá-los-ei sobre as águas de um rio

Onde seguirão seu curso junto à correnteza

De breve somente as horas

Nem o tempo triste

Nem as cartas que te escrevo.

JackLigeiro


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