CURAR DÓI
Ser assim faz doer de dor o que se chama de amor. Como assim ser tão dócil, imbecil e falso? Homem e mulher anelam o compasso. Dos corpos restam os destroços, os ossos, que troço o embaraço do descompasso. Dá um passo um amasso, outro passo e passa. Amor canibal de curral com a mula faz o jegue. O ser castro faz nada não. Faz qualquer coisa, qualquer jeito. Jeito de ser. Ser de mentira. Come verde, amarelo, vermelho. Vermelho sangue é de amor. Amor é febre não dura e se dura mata. Vida livre, viva só. Se um feliz, dois infelizes. Que cura há prá curar a dor? Que volta dar? Calçar a meia e ir embora. Aqui alguém sempre vai ficar. Fica por que sentiu o que era sem sentido e mais um mais dois são três. Azul, loiro ou afortunado, não importa, que ficasse algum pra ficar ao lado. Ao lado, em cima, por baixo e junto. Junto? Parece compromisso. Junto não e não, assim é azedo, verdadeiro é amargo. Mesmo que doa a dor do solitário, mas que doa com a coroa do incrédulo senhorinho dos sentimentos falsos. Controle passivo, apaziguado tudo mal acabado e ponto. Adeus amada minha que faz, que jaz, que foi não te quero mais. Sim amado amigo, agora amor dolorido, depois maior inimigo meu, que fui sua sinceramente. Tola, que amargo é o saber que lá se vai armado de armadura o amado seu, pra ser de outra em busca de cura. Vai acha com sorte, mas se não, a morte e solitário fim.
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