Há sim um cansaço de todas as coisas
Um cansaço de ser, de existir, de insistir
Um cansaço do acaso, do descaso
Do previsto pelo inconsciente
Do imprevisto por ignorado
Os desejos, são só ilusões
Nada de útil há nelas
há sim, uma vergonha,
uma cólica contida por as ter,
sabendo ter que dar a elas tal fim
Mesmo com magoas, soluços
Choro incontido do desgosto
Melhor mesmo perdê-las
Todas e o quanto antes
A sensação do vazio
O alivio de não ter carga
Com leveza continuar o caminho
Tudo que foi, ficou esquecido
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